Em meu peito, uma única agonia se faz presente: ver-te, tocar-te, mas não poder dizer-te. Dizer que te amo. Pedir pra voltar. Para me dar uma chance. Para nos dar uma chance. Para você se abrir e ver que tudo ainda pode ser, simplesmente, nosso. Ser lindo. Ser palpável. E olhar, no reflexo dos teus olhos, transforma-me no homem mais feliz que há.
Chegar perto de ti e tocar seus lábios que juntos aos meus ficarão durante o tempo que tempo durar. O tempo que a eternidade há de medir. Ou não, não importa.
Perceber que seu cheiro se misturou ao meu e que enlaçados eles continuarão. Dois corpos exalando um só perfume. O do amor.
E, no ápice do ato, sentir. Sentir que seus sonhos e os meus são iguais. Sentir que seu desejo e o meu se completam, se rasgam, se torcem, se divertem, se amam. Sentir que seu sentimento e o meu não se distinguem, mas se unem e crescem e se fortalecem e se toram vivos e se transformam, cada vez mais, no mesmo único sentimento.
E nada mais haveria de importar.
À Mariana R. Veras.
1 mês e 7 dias sentindo falta.