quarta-feira, 24 de novembro de 2010

Há recomeço no fim?

Tudo que ele queria era se sentir amado. Ao ver aquela garota, tão linda, tão mulher, tão cheia de si, foi imerso por uma sensação de que não seria possível ela gostar dele. Então, foi invadido pelas mesmas perguntas chata e enfadonhas de sempre. "Por que ela diz que me ama?", "Por ela está comigo?", "O que eu significo para ela?" Sim, perguntas de sempre porque nunca foram respondidas.

Tudo que ele queria era que tudo não dependesse dele. Ele sempre desejava fazer as vontades dela. Mas fazia isso, porque se sentia bem. No entanto, às vezes, ele espera uma ação, uma atitude, um ato de demonstração de que alí tinham vontades próprias, vida. Ele queria, ao menos um dia, ao menos uma vez, ser o centro das atenções e, assim, não ter que pensar em nada.

Tudo que ele queria era que a chama não dependesse só dele. Ele sabia que um amor não vive só. Ele sabia que a amava. Mas sabia que a forma de amar, a forma de enxergar e querer enxergar o amor era diferente uma da outra. No entanto, ele sabia que isso poderia se resolver. Mas ele não conseguia ver um real esforço de desejo de mudança na outra parte.

E, chorosamente, ele percebe que tudo parece esvair-se. Dissolver-se. Pouco a pouco... do muito.

À Mariana R. Veras.