quarta-feira, 27 de junho de 2007

Lembranças Proibidas II


Era uma segunda feira e o relógio marcava 10h04 minutos. Todos estavam devidamente fardados, alguns subiam as escadas com certa pressa, outros ainda subiam em grupo colocando ainda as conversas, que nunca tinham fim, em dia, outros subiam sozinhos como que pensando em assuntos estritamente pessoais. Um barulho só! No entanto, nem todos subiam. Havia um grupo que somente via os outros subirem, ou nem viam, pois estavam entretidos demais em seus falatórios para prestarem atenção nos outros. Mas no meio de tanta gente havia um casal. Na verdade, ele nem sabia que junto com ela, eles já formavam um casal, talvez, nem ela mesma.

Junto ao pé da escada; junto com inúmeras pessoas ao redor, umas conhecidas, outras não; junto com aquele dia de sol e com algumas poucas nuvens que insistiam em ficar no céu; junto que tudo aquilo de agosto que acabou saindo a gosto de todos (ou quase); junto com o iniciar da semana já quase no término do mês; junto com a ansiedade, medo, desejo, sonhos, euforia, surpresa, taquicardia, sorrisos; junto com tudo saiu um olha nos olhos, um toque na mão, um frente-a-frente, saiu uma simples e singela palavra que soou como a mais bela de todas para ele: sim.

Então, fez-se silêncio, todos sumiram, o lugar mudou, o pé tornou-se cajado para apoio, os sentimentos, as emoções já não contiam-se nele. Tudo o que ele sonhara ouvir, ouviu em um momento inesperado, mas que se tornou o melhor durante muitos dias. Era o início de muitas e muitas datas. E ele ainda não se dera conta, mas aquele da seria comemorado mensalmente e que depois de um tempo, seriam contados até os segundos a partir daquela data para um presente futuro.

E, a partir daquele dia, eles viveram felizes para sempre enquanto duraram. Mas ela durou bem mais do que ela pensa.

segunda-feira, 18 de junho de 2007

Nós Inesquecíveis II


Apareci do nada e coloquei meus dedos entre os fios do teu cabelo.
Segurei tua cabeça e pus meus olhos defronte aos teus.
Narizes a se encontrar.
Olhos a tremer.
Coração a bater acelerado.
Não era preciso entender nada, não era preciso pensar em nada.
Seus olhos que de inicio pareciam assustados, sutilmente já estão mais tranqüilos.
Sua boca já mexe e, suavemente, sua língua começa a preparar o momento.
Sem fim.
Tudo terminou no começo de um beijo.
Sempre quis te beijar, nunca te vi, nunca te conheci, nunca me apresentei, mas você continua vívida e ávida em mim.

quinta-feira, 7 de junho de 2007

Dança comigo?


Meus pensamentos são invadidos, ainda pela manhã, pelo que te pertence. Nem me foi permitido sair da cama e tu já estavas acordada e dançando dentro da minha cabeça, mas não comigo. Depois disso, percebo que sonhei a noite inteira contigo. Era um daqueles sonhos que pode se tornar realidade. Não havia nada de muito anormal nele, a não ser o fato de eu estar falando com você.

Repentinamente, fui para longe e observei a lua. Nossa, quão bela ela estava. Ficou cheia, pois toda ela queria me ver com ela. Olho para a lua e percebo que você está bem em baixo dela. Já que era assim que se encontravam, então que todos sumissem, que todas as luzes se apagassem e que eu me aproximasse de você para dizer que me apaixonei e para dançar a mais bela de todas as danças, a vida, ao teu lado. Rodar-te-ia pelo salão, pegaria na tua pequenina e suave mão e tocaria tuas costas com a outra. Juntava meu corpo ao teu, minha boca à tua face, meu nariz ao teu cabelo, meu coração ao teu desejo. Sussurrava a ti palavras nunca por mim ditas.
Calar-me-ia e encontrava teus olhos fechados. Ao olhar-te, vejo a transparência de tudo que há de mais belo na existência.

Combina menina com jeito de mulher, mas com a mais pura das crianças encravada em seu peito. Rosas. Dançarina árdua, mas com o mais lindo sonho vivo em sua mente. Vinho. Enigmática e falante, mas com o silêncio mais orquestrado que pode haver no seu ser. Chocolate.

Sim, você existe. Mas ainda não sou seu par no salão.



(à MRCS)